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Superando dificuldades, brasileiro faz sucesso com empresa de salgadinhos na Venezuela

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Leandro Pontes se instalou em Caracas onde criou, junto com a esposa, a venezuelana Gabriela Vitale, a empresa de salgadinhos brasileiros Tu Lanchinho. Superando as dificuldades de montar um negócio em um país em crise, o casal também busca mostrar, através da comida, um pouco da cultura brasileira.

Elianah Jorge, correspondente da RFI Brasil na Venezuela

O empresário paulista chegou na Venezuela em 2016, época de grande escassez no país. As filas abundavam e comprar produtos industrializados era muito difícil. A falta da comida com gosto de Brasil levou Leandro a colocar a mão na massa. Ele começou a preparar coxinhas, risoles, pães de queijo, bolinhas de carne e outros quitutes.

“Tudo começou com a saudade de comer aqueles salgados brasileiros, da comida do Brasil, do tempero do Brasil. Começamos a cozinhar em casa. Gabriela e eu fazíamos salgados para comer num sábado, num domingo. Íamos atrás das receitas familiares. Alguns salgados que a gente faz são receitas familiares, da minha avó”, explica o Leandro.

Nas festinhas entre amigos, o casal levava os salgadinhos sem maiores pretensões e o que era prazer começou a virar negócio. Foi literalmente no boca a boca que a empresa ganhou forma.

“Começaram a chegar pedidos e a gente começou a ver que tinha saída, que era uma ideia legal. Um dia pensamos: por que não trazer o (sabor do) Brasil aqui para Caracas, para a Venezuela?”, conta o empresário.

Apesar dos mais de dois mil quilômetros de fronteira em comum, Brasil e Venezuela ainda são desconhecidos um do outro. Esta distância era minimizada pelo trabalho do Instituto Cultural Brasil Venezuela. Com o fechamento da instituição, em novembro de 2019, a lacuna entre os países se ampliou.

Cafuné

Leandro e Gabriela também buscam mostrar a cultura brasileira através do perfil da empresa em uma rede social. Lá eles explicam costumes e palavras usadas no Brasil, como cafuné e lanchinho, que dá nome ao negócio.

“Pelo Instagram de Tu Lanchinho estamos sempre tentando explicar quais são nossos produtos e seu significado em espanhol. Além disso, estamos fazendo um trabalho de cultura, de idioma. Temos publicações onde explicamos, por exemplo, qual é o significado de Tu Lanchinho e como se pronuncia o nome da empresa”, conta a venezuelana.

Apesar da escassez de alimentos ter chegado ao fim na Venezuela, Leandro não encontra no comércio local alguns produtos usados em pratos brasileiros. Para resolver o problema, ele recorre a importações. Em geral os produtos brasileiros vêm dos Estados Unidos. Antes do fechamento da fronteira, por causa da pandemia, ele também comprava ingredientes em Roraima.

Outro grande problema é a desvalorização do bolívar, a moeda local, que levou a economia venezuelana a uma dolarização de fato.

“Linguiça calabresa não tem aqui. Temos que importá-la e isso aumenta um pouco o custo de produção. A gente tem que importar o polvilho para fazer pão de queijo, isso também mexe no nosso custo. O problema mais grave é a inflação. A gente precisou dolarizar os produtos a partir de uma tabela de custos e com um preço justo para quem compra e para quem vende”.

Inflação e projetos

Segundo o parlamento da Venezuela, controlado pela oposição, a inflação interanual chegou a 3.332%. De acordo com a empresa Ecoanalítica, que faz avaliações econômicas, de março deste ano - quando começou a quarentena - até o final de outubro, os preços dos alimentos subiram cerca de 671% no país.

Mas a complexidade econômica não é empecilho para Leandro e a produção da Tu Lanchinho vem crescendo. Por semana, o casal elabora mais de mil salgadinhos, sem contar as dezenas de brigadeiros e demais quitutes.

Decididos a continuar na Venezuela, Leandro e Gabriela querem automatizar a produção, “mas sem perder o toque caseiro”. Eles, que começaram o negócio do zero, têm planos mais ambiciosos:

“No futuro, pensando mais adiante, temos o sonho de montar um local com salgados da nossa fábrica e que sejam consumidos ali. Um lugar com música brasileira. Um ambiente gostoso, leve e onde a família venezuelana possa ir. Um lugar para aquele venezuelano que ainda não pôde ir ao Brasil se sente e que saia de lá falando “eu não sei como é o Brasil, mas acho que viajei um pouquinho para lá hoje”, diz Leandro.

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Elianah Jorge, correspondente da RFI Brasil na Venezuela

O empresário paulista chegou na Venezuela em 2016, época de grande escassez no país. As filas abundavam e comprar produtos industrializados era muito difícil. A falta da comida com gosto de Brasil levou Leandro a colocar a mão na massa. Ele começou a preparar coxinhas, risoles, pães de queijo, bolinhas de carne e outros quitutes.

“Tudo começou com a saudade de comer aqueles salgados brasileiros, da comida do Brasil, do tempero do Brasil. Começamos a cozinhar em casa. Gabriela e eu fazíamos salgados para comer num sábado, num domingo. Íamos atrás das receitas familiares. Alguns salgados que a gente faz são receitas familiares, da minha avó”, explica o Leandro.

Nas festinhas entre amigos, o casal levava os salgadinhos sem maiores pretensões e o que era prazer começou a virar negócio. Foi literalmente no boca a boca que a empresa ganhou forma.

“Começaram a chegar pedidos e a gente começou a ver que tinha saída, que era uma ideia legal. Um dia pensamos: por que não trazer o (sabor do) Brasil aqui para Caracas, para a Venezuela?”, conta o empresário.

Apesar dos mais de dois mil quilômetros de fronteira em comum, Brasil e Venezuela ainda são desconhecidos um do outro. Esta distância era minimizada pelo trabalho do Instituto Cultural Brasil Venezuela. Com o fechamento da instituição, em novembro de 2019, a lacuna entre os países se ampliou.

Cafuné

Leandro e Gabriela também buscam mostrar a cultura brasileira através do perfil da empresa em uma rede social. Lá eles explicam costumes e palavras usadas no Brasil, como cafuné e lanchinho, que dá nome ao negócio.

“Pelo Instagram de Tu Lanchinho estamos sempre tentando explicar quais são nossos produtos e seu significado em espanhol. Além disso, estamos fazendo um trabalho de cultura, de idioma. Temos publicações onde explicamos, por exemplo, qual é o significado de Tu Lanchinho e como se pronuncia o nome da empresa”, conta a venezuelana.

Apesar da escassez de alimentos ter chegado ao fim na Venezuela, Leandro não encontra no comércio local alguns produtos usados em pratos brasileiros. Para resolver o problema, ele recorre a importações. Em geral os produtos brasileiros vêm dos Estados Unidos. Antes do fechamento da fronteira, por causa da pandemia, ele também comprava ingredientes em Roraima.

Outro grande problema é a desvalorização do bolívar, a moeda local, que levou a economia venezuelana a uma dolarização de fato.

“Linguiça calabresa não tem aqui. Temos que importá-la e isso aumenta um pouco o custo de produção. A gente tem que importar o polvilho para fazer pão de queijo, isso também mexe no nosso custo. O problema mais grave é a inflação. A gente precisou dolarizar os produtos a partir de uma tabela de custos e com um preço justo para quem compra e para quem vende”.

Inflação e projetos

Segundo o parlamento da Venezuela, controlado pela oposição, a inflação interanual chegou a 3.332%. De acordo com a empresa Ecoanalítica, que faz avaliações econômicas, de março deste ano - quando começou a quarentena - até o final de outubro, os preços dos alimentos subiram cerca de 671% no país.

Mas a complexidade econômica não é empecilho para Leandro e a produção da Tu Lanchinho vem crescendo. Por semana, o casal elabora mais de mil salgadinhos, sem contar as dezenas de brigadeiros e demais quitutes.

Decididos a continuar na Venezuela, Leandro e Gabriela querem automatizar a produção, “mas sem perder o toque caseiro”. Eles, que começaram o negócio do zero, têm planos mais ambiciosos:

“No futuro, pensando mais adiante, temos o sonho de montar um local com salgados da nossa fábrica e que sejam consumidos ali. Um lugar com música brasileira. Um ambiente gostoso, leve e onde a família venezuelana possa ir. Um lugar para aquele venezuelano que ainda não pôde ir ao Brasil se sente e que saia de lá falando “eu não sei como é o Brasil, mas acho que viajei um pouquinho para lá hoje”, diz Leandro.

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