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"Os próximos meses em Moçambique não serão nada fáceis"

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A jornalista moçambicana Eva Trindade esteve nos estúdios da RFI, em Paris, para falar sobre o seu percurso profissional, sobre a sua dedicação aos direitos das mulheres e meninas e ainda do momento "assustador" que o seu país atravessa actualmente.

Com mais de 15 anos de experiência como jornalista em Moçambique dedicada aos direitos humanos, analisando de perto os direitos das meninas e mulheres no país, Eva Trindade considera que faltam opções, oportunidades e informação para que as crianças, tanto meninas como meninos, tenham outras escolhas do que, por exemplo, uniões precoces.

"Eu acho que as nossas escolas não estão a contribuir para que, como pessoas, nós possamos desenvolver aquilo que são as nossas habilidades, aquilo que são as nossas competências. Então, eu acho que não é um problema apenas de direitos humanos das meninas em uniões precoces forçadas, por exemplo. Muitas vezes elas não têm expectativas em relação a outras coisas ou nem sequer sabem da existência de outras possibilidades", indicou a jornalista.

Eva Trindade foi uma das pioneiras dos programas de televisão dedicados às mulheres em Moçambique, abordando temas como a educação das meninas, a saúde feminina ou partilhando histórias de mulheres com percursos profissionais singulares primeiro com o formato "21ª hora" e mais recentemente com o pograma “Nós Mulheres”.

Para esta jornalista, os direitos e deveres cívicos deviam ser aprendidos o mais cedo possível nas escolas em Moçambique, para promover a igualdade entre homens e mulheres, criando uma sociedade mais coesa e mais justa, numa altura em que aumentam os feminícidios no país.

Quanto à actual situação em Moçambique e numa altura em que pelo menos 88 pessoas morreram e 274 foram baleadas durante as manifestações e paralisações de contestação aos resultados eleitorais desde 21 de outubro, segundo a ONG Plataforma Eleitoral Decide, Eva Trindade diz que se trata de um momento "assustador", temendo ainda o que se pode passar após o anúncio oficial dos resultados por parte do Conselho Constitucional, que deve acontecer a 23 de Dezembro.

"Acho assustador o momento em que estamos a viver agora. Honestamente, eu acho assustador porque eu não sei o que irá acontecer depois do anúncio dos resultados, porque acho que as pessoas estão à espera de um único resultado", declarou Eva Trindade.

Entretanto, o candidato presidencial Venâncio Mondlane apelou para uma nova fase de contestação eleitoral e voltou a desafiou o Presidente Filipe Nyusi para um encontro virtual, insistido que lhe sejam retirados processos judiciais. Para evitar novas convulsões no país, Eva Trindade defende que Venância Mondlane fale de forma moderada aos jovens moçambicanos.

"Venâncio Montano precisa ir preparando as pessoas para o momento que se vai seguir, independentemente do resultado que vier. Muitos mais problemas irão surgir, ainda que não seja por tempo indeterminado. Mas os próximos meses em Moçambique não serão nada fáceis. As pessoas devem ser preparadas para isso, porque senão vamos ter outros problemas e outras convulsões", concluiu.

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Com mais de 15 anos de experiência como jornalista em Moçambique dedicada aos direitos humanos, analisando de perto os direitos das meninas e mulheres no país, Eva Trindade considera que faltam opções, oportunidades e informação para que as crianças, tanto meninas como meninos, tenham outras escolhas do que, por exemplo, uniões precoces.

"Eu acho que as nossas escolas não estão a contribuir para que, como pessoas, nós possamos desenvolver aquilo que são as nossas habilidades, aquilo que são as nossas competências. Então, eu acho que não é um problema apenas de direitos humanos das meninas em uniões precoces forçadas, por exemplo. Muitas vezes elas não têm expectativas em relação a outras coisas ou nem sequer sabem da existência de outras possibilidades", indicou a jornalista.

Eva Trindade foi uma das pioneiras dos programas de televisão dedicados às mulheres em Moçambique, abordando temas como a educação das meninas, a saúde feminina ou partilhando histórias de mulheres com percursos profissionais singulares primeiro com o formato "21ª hora" e mais recentemente com o pograma “Nós Mulheres”.

Para esta jornalista, os direitos e deveres cívicos deviam ser aprendidos o mais cedo possível nas escolas em Moçambique, para promover a igualdade entre homens e mulheres, criando uma sociedade mais coesa e mais justa, numa altura em que aumentam os feminícidios no país.

Quanto à actual situação em Moçambique e numa altura em que pelo menos 88 pessoas morreram e 274 foram baleadas durante as manifestações e paralisações de contestação aos resultados eleitorais desde 21 de outubro, segundo a ONG Plataforma Eleitoral Decide, Eva Trindade diz que se trata de um momento "assustador", temendo ainda o que se pode passar após o anúncio oficial dos resultados por parte do Conselho Constitucional, que deve acontecer a 23 de Dezembro.

"Acho assustador o momento em que estamos a viver agora. Honestamente, eu acho assustador porque eu não sei o que irá acontecer depois do anúncio dos resultados, porque acho que as pessoas estão à espera de um único resultado", declarou Eva Trindade.

Entretanto, o candidato presidencial Venâncio Mondlane apelou para uma nova fase de contestação eleitoral e voltou a desafiou o Presidente Filipe Nyusi para um encontro virtual, insistido que lhe sejam retirados processos judiciais. Para evitar novas convulsões no país, Eva Trindade defende que Venância Mondlane fale de forma moderada aos jovens moçambicanos.

"Venâncio Montano precisa ir preparando as pessoas para o momento que se vai seguir, independentemente do resultado que vier. Muitos mais problemas irão surgir, ainda que não seja por tempo indeterminado. Mas os próximos meses em Moçambique não serão nada fáceis. As pessoas devem ser preparadas para isso, porque senão vamos ter outros problemas e outras convulsões", concluiu.

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