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EM DIRECÇÃO AOS BURACOS NEGROS

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Continuamos hoje a conversa sobre o paradoxo que nunca foi para talvez esclarecer melhor o que lhe falta para ser um paradoxo…Eis um pequeno resumo do que ficou para trás: na sequência do artigo de Einstein que introduzia os princípios da Relatividade Restrita, Langevin proferiu em 1911 uma conferência em Bolonha em que nunca fala de gémeos, nem de paradoxo, mas sim de um projéctil, uma bala de canhão, tirada do Júlio Verne. “De facto, escreve During no seu artigo Le Paradoxe Introuvable, “o paradoxo só aparece quando a situação põe em cena o carácter falsamente permutável dos dois observadores em movimento relativo. Se o movimento é, de facto, relativo, não se percebe porque é que o gémeo viajante não havia de se considerar imóvel em relação à Terra em movimento, de modo que tudo o que fosse válido para o seu gémeo, seria também válido para si próprio.” É justamente esta falácia que Langevin denuncia, afirmando uma assimetria essencial entre os dois observadores e promovendo a noção einsteiniana de tempo local. Assistindo à conferência de Langevin estava Bergson, que havia de ler a sua conferência “A intuição filosófica” daí a umas horas. Preocupou-o nessa altura a questão da “unidade do tempo material no seio de um universo caracterizado por uma pluralidade de ritmos de duração”. No mesmo ano de 1911 e para acentuar o engraçado da coisa, numa conferência em Zurique, Einstein imagina “um animal fechado numa caixa e cujos movimentos fisiológicos cumprissem a função de um relógio”, acrescentando, com a melhor das intenções, mais achas à confusão reinante. É só em 1918 que Herman Weyl introduz os gémeos em Espaço, Tempo, Matéria e Max Born fará menção de gémeos em 1920 num livro sobre a Teoria da Relatividade. Quanto ao paradoxo, é Von Laue que o introduz, logo em 1911, atribuindo-o a Langevin. O matemático francês Paul Painlevé formula-o por ocasião da visita de Einstein ao Colège de France em 1922, motivando uma discussão acesa, que acabará pelo acordo entre os dois físicos. Aí, Painlevé substitui o astronauta viajante pelo condutor de um comboio e os gémeos por dois comboios rápidos. Bergson, no entanto, não se convence e não se conforma e volta ao paradoxo, sem tomar em linha de conta a assimetria fundamental proposta por Einstein. Em Duração e Simultaneidade, Bergson adopta a formulação já caduca de Painlevé, e volta aos gémeos, que agora se chamam Pierre e Paul.

A música é do Carl Stalling Project e chama-se CARL STALLING SELF-PARODY

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Continuamos hoje a conversa sobre o paradoxo que nunca foi para talvez esclarecer melhor o que lhe falta para ser um paradoxo…Eis um pequeno resumo do que ficou para trás: na sequência do artigo de Einstein que introduzia os princípios da Relatividade Restrita, Langevin proferiu em 1911 uma conferência em Bolonha em que nunca fala de gémeos, nem de paradoxo, mas sim de um projéctil, uma bala de canhão, tirada do Júlio Verne. “De facto, escreve During no seu artigo Le Paradoxe Introuvable, “o paradoxo só aparece quando a situação põe em cena o carácter falsamente permutável dos dois observadores em movimento relativo. Se o movimento é, de facto, relativo, não se percebe porque é que o gémeo viajante não havia de se considerar imóvel em relação à Terra em movimento, de modo que tudo o que fosse válido para o seu gémeo, seria também válido para si próprio.” É justamente esta falácia que Langevin denuncia, afirmando uma assimetria essencial entre os dois observadores e promovendo a noção einsteiniana de tempo local. Assistindo à conferência de Langevin estava Bergson, que havia de ler a sua conferência “A intuição filosófica” daí a umas horas. Preocupou-o nessa altura a questão da “unidade do tempo material no seio de um universo caracterizado por uma pluralidade de ritmos de duração”. No mesmo ano de 1911 e para acentuar o engraçado da coisa, numa conferência em Zurique, Einstein imagina “um animal fechado numa caixa e cujos movimentos fisiológicos cumprissem a função de um relógio”, acrescentando, com a melhor das intenções, mais achas à confusão reinante. É só em 1918 que Herman Weyl introduz os gémeos em Espaço, Tempo, Matéria e Max Born fará menção de gémeos em 1920 num livro sobre a Teoria da Relatividade. Quanto ao paradoxo, é Von Laue que o introduz, logo em 1911, atribuindo-o a Langevin. O matemático francês Paul Painlevé formula-o por ocasião da visita de Einstein ao Colège de France em 1922, motivando uma discussão acesa, que acabará pelo acordo entre os dois físicos. Aí, Painlevé substitui o astronauta viajante pelo condutor de um comboio e os gémeos por dois comboios rápidos. Bergson, no entanto, não se convence e não se conforma e volta ao paradoxo, sem tomar em linha de conta a assimetria fundamental proposta por Einstein. Em Duração e Simultaneidade, Bergson adopta a formulação já caduca de Painlevé, e volta aos gémeos, que agora se chamam Pierre e Paul.

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