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Por que Donald Trump é o símbolo de uma nova era de autoritarismo global
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Como se fizessem eco ao estilo abusado do 47° presidente dos Estados Unidos, as revistas semanais francesas não se cansam de tentar analisar as motivações e consequências globais dos recentes anúncios do "incontrolável" Donald Trump.
Segundo a revista Le Point, Donald Trump voltou à Casa Branca com um discurso centrado na força e na tal "virilidade". Desde o início de seu mandato, ele eliminou políticas progressistas da administração anterior, como a possibilidade de se identificar como não binário em documentos oficiais. Essa medida simboliza a rejeição ao que ele chama de "wokismo" e reforça sua visão de um "nova era de ouro norte-americana".
Para Le Point, em um cenário global marcado por "crises sucessivas", "o retorno de Donald Trump ao poder não é um acaso. Ele faz parte de uma onda autoritária em ascensão, representada de forma ainda mais rígida por líderes como Xi Jinping, na China, Vladimir Putin, na Rússia, e Recep Tayyip Erdogan, na Turquia."
Ao legitimar a ideia de controle territorial por potências imperiais sob o pretexto de "necessidade estratégica", essas políticas acabam fortalecendo líderes como Vladimir Putin, que usa argumentos semelhantes para justificar a invasão da Ucrânia, ou Xi Jinping, que deixa claro seu interesse em anexar Taiwan.
Além disso, novas tecnologias, incluindo inteligência artificial, são exploradas por esses líderes para reforçar o controle social, "espalhar desinformação e desestabilizar adversários", publica a revista. A era da "diplomacia feminista" cedeu espaço a um mundo dominado por "homens fortes", diz Le Point.
Donald Trump: espetáculo = poder
A revista L'Express lembra que "antes mesmo de assumir como o 47º presidente dos Estados Unidos, Trump já era um mestre do entretenimento". "Ex-promotor imobiliário e apresentador de reality shows, ele trouxe sua habilidade de criar impacto emocional para a política. Regra número um do showman, agora chefe de Estado: inovar, surpreender, criar fortes emoções", publica a revista.
"Trump não apenas molda os Estados Unidos à sua imagem, mas também redefine o papel do país no cenário internacional", diz L'Express, completando que, no entanto, sua ambição de conquistar um prêmio Nobel da Paz, possivelmente com um acordo no Oriente Médio, esbarra em desafios como a questão palestina.
Na época, lembra a revista Nouvel Obs, Trump teria tentado implementar o famoso "acordo do século". A proposta incluía a criação de um Estado palestino em um território reduzido e fragmentado, enquanto Jerusalém seria reconhecida como a capital exclusiva de Israel. "Mas o plano acabou não saindo do papel", diz o veículo francês.
"Obcecado por sua visão de grandeza norte-americana, Trump se posiciona como o defensor de uma nova ordem global. Para seus apoiadores, ele é o símbolo de um renascimento patriótico. Para seus críticos, um líder que desafia os limites democráticos. Enquanto o mundo observa, a dúvida permanece: o retorno de Trump será um espetáculo passageiro ou o prenúncio de uma mudança duradoura no equilíbrio global?", conclui Nouvel Obs.
105 эпизодов
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Como se fizessem eco ao estilo abusado do 47° presidente dos Estados Unidos, as revistas semanais francesas não se cansam de tentar analisar as motivações e consequências globais dos recentes anúncios do "incontrolável" Donald Trump.
Segundo a revista Le Point, Donald Trump voltou à Casa Branca com um discurso centrado na força e na tal "virilidade". Desde o início de seu mandato, ele eliminou políticas progressistas da administração anterior, como a possibilidade de se identificar como não binário em documentos oficiais. Essa medida simboliza a rejeição ao que ele chama de "wokismo" e reforça sua visão de um "nova era de ouro norte-americana".
Para Le Point, em um cenário global marcado por "crises sucessivas", "o retorno de Donald Trump ao poder não é um acaso. Ele faz parte de uma onda autoritária em ascensão, representada de forma ainda mais rígida por líderes como Xi Jinping, na China, Vladimir Putin, na Rússia, e Recep Tayyip Erdogan, na Turquia."
Ao legitimar a ideia de controle territorial por potências imperiais sob o pretexto de "necessidade estratégica", essas políticas acabam fortalecendo líderes como Vladimir Putin, que usa argumentos semelhantes para justificar a invasão da Ucrânia, ou Xi Jinping, que deixa claro seu interesse em anexar Taiwan.
Além disso, novas tecnologias, incluindo inteligência artificial, são exploradas por esses líderes para reforçar o controle social, "espalhar desinformação e desestabilizar adversários", publica a revista. A era da "diplomacia feminista" cedeu espaço a um mundo dominado por "homens fortes", diz Le Point.
Donald Trump: espetáculo = poder
A revista L'Express lembra que "antes mesmo de assumir como o 47º presidente dos Estados Unidos, Trump já era um mestre do entretenimento". "Ex-promotor imobiliário e apresentador de reality shows, ele trouxe sua habilidade de criar impacto emocional para a política. Regra número um do showman, agora chefe de Estado: inovar, surpreender, criar fortes emoções", publica a revista.
"Trump não apenas molda os Estados Unidos à sua imagem, mas também redefine o papel do país no cenário internacional", diz L'Express, completando que, no entanto, sua ambição de conquistar um prêmio Nobel da Paz, possivelmente com um acordo no Oriente Médio, esbarra em desafios como a questão palestina.
Na época, lembra a revista Nouvel Obs, Trump teria tentado implementar o famoso "acordo do século". A proposta incluía a criação de um Estado palestino em um território reduzido e fragmentado, enquanto Jerusalém seria reconhecida como a capital exclusiva de Israel. "Mas o plano acabou não saindo do papel", diz o veículo francês.
"Obcecado por sua visão de grandeza norte-americana, Trump se posiciona como o defensor de uma nova ordem global. Para seus apoiadores, ele é o símbolo de um renascimento patriótico. Para seus críticos, um líder que desafia os limites democráticos. Enquanto o mundo observa, a dúvida permanece: o retorno de Trump será um espetáculo passageiro ou o prenúncio de uma mudança duradoura no equilíbrio global?", conclui Nouvel Obs.
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