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Eleições Europeias: O avanço da extrema direita e seu impacto no cenário político europeu

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Contagem regressiva para as eleições europeias, que vão acontecer entre 6 e 9 de junho. Nesta quinta-feira, 9 de maio, comemora-se o Dia da Europa. Mais do que nunca a unidade do continente europeu está posta à prova, em grande parte por causa da guerra na Ucrânia e das previsões de ascensão da extrema direita. Por que este avanço da extrema direita e como isto pode impactar o cenário político europeu?

Letícia Fonseca-Sourander, correspondente da RFI em Bruxelas

Mais de 60 cidades em toda a Europa vão iluminar os seus monumentos e edifícios históricos para enfatizar a importância de votar nas próximas eleições europeias. “Use o seu voto. Ou outros decidirão por você”, o slogan da campanha do Parlamento Europeu e a bandeira da União Europeia serão projetados na noite desta quinta-feira, 9, em centenas de monumentos; entre eles, o Arco do Triunfo em Paris, o Coliseu em Roma e a Grand Place em Bruxelas.

O objetivo é alertar os 440 milhões de cidadãos do bloco sobre a importância destas eleições para o futuro de todos. Especialistas afirmam que os partidos populistas de extrema direita estão muito à frente de seus rivais tradicionais na corrida pela atenção dos eleitores nas redes sociais.

A Agência Europeia para a Cibersegurança voltou a ressaltar que “as campanhas de manipulação de informação são uma grande ameaça aos processos eleitorais”.

Clima favorável para a extrema direita

Quando a toda poderosa presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sinalizou a intenção de cooperar com partidos de extrema direita para garantir um segundo mandato no cargo mais influente da União Europeia, ficou evidente o papel crucial deste movimento ultraconservador nas próximas eleições.

Segundo as últimas pesquisas de opinião, a extrema direita deve se tornar a terceira maior força política do Parlamento Europeu. Como explicar este avanço? Uma das razões pode ser o enfraquecimento dos chamados “cordões democráticos” que isolavam os ultradireitistas e as alianças entre as direitas conservadoras com as extremas direitas.

O fenômeno do “renascimento” da extrema direita em vários países europeus estaria ligado, entre outros fatores, ao aumento da desigualdade, à desconfiança dos cidadãos nas instituições, à crise dos partidos tradicionais, à crise migratória, além é claro, da guerra na Ucrânia e suas consequências, como o aumento da inflação, a crise energética, o aumento dos discursos armamentistas.

Tudo isso trouxe um clima bastante favorável para a extrema direita no continente europeu e no mundo. Pois “quando há medo, a extrema direita ganha consensos porque seu discurso é justamente baseado no medo”, explica o historiador italiano Steven Forti.

Alianças e acordos

A extrema direita europeia entendeu que dificilmente chegaria ao poder sozinha, que teria de fazer acordos com a direita tradicional para alcançar o seu objetivo. Por outro lado, a direita mainstream percebeu que para formar um governo seria necessário aceitar essa força ultraconservadora como aliada.

Essas alianças estão presentes em seis países da União Europeia: Itália, Hungria, Suécia, Finlândia, Holanda e Eslováquia. Na França e Alemanha, as duas maiores economias do bloco, as formações ultradireitistas estão em ascensão, e continuam ganhando terreno em Portugal, Espanha e na Bélgica.

Após as eleições europeias, o possível avanço da direita mais radical poderia, por exemplo, enfraquecer a agenda climática do bloco, assim como restringir ainda mais a política de migração e asilo da UE. Segundo a cientista política Nathalie Brack, especialista em questões europeias da ULB, Universidade Livre de Bruxelas, “o refugiado muçulmano é considerado a real ameaça à identidade e à cultura da Europa”.

O mesmo não acontece com os milhares de ucranianos que pediram asilo na UE e são vistos como “coirmãos” europeus. Em resumo, uma grande bancada da extrema direita no Parlamento Europeu poderá influenciar na elaboração de políticas da União Europeia em diversas áreas como migração, legislação climática, direito das mulheres e defesa, só para citar alguns exemplos.

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Letícia Fonseca-Sourander, correspondente da RFI em Bruxelas

Mais de 60 cidades em toda a Europa vão iluminar os seus monumentos e edifícios históricos para enfatizar a importância de votar nas próximas eleições europeias. “Use o seu voto. Ou outros decidirão por você”, o slogan da campanha do Parlamento Europeu e a bandeira da União Europeia serão projetados na noite desta quinta-feira, 9, em centenas de monumentos; entre eles, o Arco do Triunfo em Paris, o Coliseu em Roma e a Grand Place em Bruxelas.

O objetivo é alertar os 440 milhões de cidadãos do bloco sobre a importância destas eleições para o futuro de todos. Especialistas afirmam que os partidos populistas de extrema direita estão muito à frente de seus rivais tradicionais na corrida pela atenção dos eleitores nas redes sociais.

A Agência Europeia para a Cibersegurança voltou a ressaltar que “as campanhas de manipulação de informação são uma grande ameaça aos processos eleitorais”.

Clima favorável para a extrema direita

Quando a toda poderosa presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sinalizou a intenção de cooperar com partidos de extrema direita para garantir um segundo mandato no cargo mais influente da União Europeia, ficou evidente o papel crucial deste movimento ultraconservador nas próximas eleições.

Segundo as últimas pesquisas de opinião, a extrema direita deve se tornar a terceira maior força política do Parlamento Europeu. Como explicar este avanço? Uma das razões pode ser o enfraquecimento dos chamados “cordões democráticos” que isolavam os ultradireitistas e as alianças entre as direitas conservadoras com as extremas direitas.

O fenômeno do “renascimento” da extrema direita em vários países europeus estaria ligado, entre outros fatores, ao aumento da desigualdade, à desconfiança dos cidadãos nas instituições, à crise dos partidos tradicionais, à crise migratória, além é claro, da guerra na Ucrânia e suas consequências, como o aumento da inflação, a crise energética, o aumento dos discursos armamentistas.

Tudo isso trouxe um clima bastante favorável para a extrema direita no continente europeu e no mundo. Pois “quando há medo, a extrema direita ganha consensos porque seu discurso é justamente baseado no medo”, explica o historiador italiano Steven Forti.

Alianças e acordos

A extrema direita europeia entendeu que dificilmente chegaria ao poder sozinha, que teria de fazer acordos com a direita tradicional para alcançar o seu objetivo. Por outro lado, a direita mainstream percebeu que para formar um governo seria necessário aceitar essa força ultraconservadora como aliada.

Essas alianças estão presentes em seis países da União Europeia: Itália, Hungria, Suécia, Finlândia, Holanda e Eslováquia. Na França e Alemanha, as duas maiores economias do bloco, as formações ultradireitistas estão em ascensão, e continuam ganhando terreno em Portugal, Espanha e na Bélgica.

Após as eleições europeias, o possível avanço da direita mais radical poderia, por exemplo, enfraquecer a agenda climática do bloco, assim como restringir ainda mais a política de migração e asilo da UE. Segundo a cientista política Nathalie Brack, especialista em questões europeias da ULB, Universidade Livre de Bruxelas, “o refugiado muçulmano é considerado a real ameaça à identidade e à cultura da Europa”.

O mesmo não acontece com os milhares de ucranianos que pediram asilo na UE e são vistos como “coirmãos” europeus. Em resumo, uma grande bancada da extrema direita no Parlamento Europeu poderá influenciar na elaboração de políticas da União Europeia em diversas áreas como migração, legislação climática, direito das mulheres e defesa, só para citar alguns exemplos.

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